Gestão de equipes remotas – erros que a liderança pode evitar
Gerenciar colaboradores exige uma atenção especial e uma liderança preparada. Quando falamos em equipes remotas essa atenção precisa ser ainda mais demonstrada, pois os desafios são diferentes de uma equipe que está presencial e a forma com que os gestores lidam com os problemas faz toda a diferença.
Uma pesquisa realizada pelo Ipea mostra que uma em cada quatro pessoas poderia trabalhar remotamente no Brasil, e sabemos que estamos cada vez mais perto de ter uma grande população trabalhando à distância. Por esse motivo, é importante que os líderes estejam preparados para gerenciar esse modelo de trabalho e enfrentar situações de conflitos.
Separamos, então algumas dicas de erros que o líder pode evitar na gestão de equipes remotas. Acompanhe!
Falha em comunicar as expectativas
Já é um grande desafio ter uma comunicação assertiva em times presenciais e, quando olhamos para o novo cenário de equipes remotas, é imprescindível que os processos de comunicação interna sejam ainda mais detalhados, buscando maior entendimento dos colaboradores.
Além disso, a comunicação entre a liderança e seus subordinados deve ser clara e objetiva, nunca podendo ser subjetiva. O líder deve comunicar as expectativas, bem como metas de forma que não haja nenhuma dúvida da parte dos colaboradores.
Deixar claro o que você espera da sua equipe em curto, médio e longo prazo facilita o dinamismo na execução das demandas e evita retrabalho. O gestor pode começar divulgando os prazos das tarefas semanais para cada membro da equipe. Também ajudaria ter uma orientação clara sobre os papéis e responsabilidades de cada membro.
Microgerenciar equipes
Muitos líderes ainda não estão preparados para gerenciar equipes remotas, em sua maioria, eles acabam confundindo microgerenciamento com acompanhamento. Ligar para suas equipes a cada minuto ou enviar e-mails de acompanhamento a cada hora só levará a uma pressão desnecessária.
Para não ter a sensação de perda de controle, tudo o que o gestor precisa é de uma política elaborada de trabalho remoto, uma comunicação assertiva, como falamos no item acima, e controle das entregas.
Não há necessidade de continuar microgerenciando operações, uma vez que esse será um desgaste tanto para os colaboradores quanto para o gestor.
A questão crítica deve ser chegar a um acordo sobre a entrega e as consequências de expectativas não atendidas.
Reuniões unilaterais
As reuniões presenciais incentivam as interações humanas e as conversas. As pessoas contribuem facilmente quando estão interagindo em tempo real. Por outro lado, quando falamos em reuniões virtuais isso pode ser um grande desafio.
Nas reuniões remotas, há chances de que os profissionais da equipe sejam participantes passivos, podendo se sentir desconfortáveis em expor suas opiniões por meio das plataformas, o que significa que a reunião será unilateral.
Apressar uma reunião tira das pessoas da equipe a oportunidade de contribuir. Infelizmente, é difícil compreender a linguagem corporal em reuniões virtuais. Fica difícil de identificar se alguém estava pronto para falar, e os participantes podem acabar não expondo suas sugestões.
Como solução para esse contratempo, o gestor deve oferecer espaço para os integrantes falarem e opinarem. Sua equipe precisa de tempo adequado para reunir pensamentos para contribuir.
Falta de ferramentas necessárias
As ferramentas de fluxo de trabalho certas aumentam a eficiência dos colaboradores remotos. Com tantas opções no mercado não é difícil definir as melhores ferramentas para a sua equipe que se encaixem no custo-benefício da empresa.
Do compartilhamento de documentos ao gerenciamento de projetos, o líder poderá obter vários aplicativos que tornarão sua equipe mais produtiva. O bom é que não tem a necessidade em sacrificar uma plataforma em detrimento da outra, pois a maioria delas possuem recursos de integração.
É importante que a empresa também invista em ferramentas de comunicação como Skype, Google Hangout ou Microsoft Teams para obter reuniões de qualidade. Além disso, uma rede social corporativa ou intranet também são ferramentas importantes para a comunicação e engajamento da equipe remota.
Recrutamento não assertivo
Realizar um processo de recrutamento e seleção sem o tempo necessário para assertividade também é um erro que o gestor pode evitar. É necessário identificar quais são os talentos certos para o trabalho remoto e para isso o recrutamento deve ser feito de forma calma e não de última hora.
Contratar com pressa é um erro que pode ser muito caro para corrigir. Reserve um tempo para avaliar cada candidato. No final de tudo, você ficará feliz por não ter contratado errado.