Novas funções de RH: transformações do setor – que já não é mais o mesmo

O setor de Recursos Humanos já não é mais o mesmo de uma década atrás. A transformação de uma área que era basicamente burocrática e passou a ser estratégica aconteceu a partir do momento em que foi compreendido que as pessoas que fazem parte da empresa são tão valiosas quanto o seu produto ou serviço final – aliás, são elas as principais responsáveis por esse resultado.

Segundo artigo da Forbes, existem 5 fatores essenciais que norteiam essa teoria:

  • As pessoas são o maior recurso de uma empresa, podendo afetar a percepção do público geral e da sua marca
  • Seus colaboradores são a cara e a cultura da sua empresa
  • Reter e recrutar são ações caras, tendo isso em mente,
  • O turnover é custoso e pode prejudicar a sua marca
  • Valorizar seus colaboradores e equipes pode alavancar o lucro da companhia

Dado estes fatos, foi quase impossível que as funções de RH não sofressem modificações. Além disso, um setor que era apenas focado nas demandas operacionais de folha de pagamento e gestão de pessoas no papel, hoje está alinhado com as estratégias do negócio e impulsionando uma gestão pessoal mais digital e inclusiva.

Infelizmente essa ainda não é a realidade de algumas empresas, principalmente empresas pequenas. Todavia, após o movimento da Grande Demissão, muitas companhias começaram a repensar o seu processo de gestão de pessoas.

Hoje, o departamento de RH ainda busca mudanças que se equivalham com o cenário do mercado, com soluções e funções inovadoras para responder às necessidades dos funcionários e organização e tecnologia. Ou seja, o setor precisa estar inteirado não apenas sobre pessoas, mas também sobre novas tecnologias que podem acelerar o desenvolvimento da área.

Com isso, algumas funções são necessárias para o setor alcançar uma gestão de pessoas comprometida na retenção e atração de talentos, visando um bom desenvolvimento geral da organização. Vamos conhecer algumas:

Diversidade e Inclusão

Essa é uma pauta que está ganhando cada vez mais destaque. Não se trata apenas de ter uma boa reputação ou um branding de dar inveja, a diversidade no local de trabalho atua com objetivos ainda mais relevantes, resultando em benefícios imediatos relacionados principalmente com o resultado financeiro da empresa.

E estudos reforçam essa ideia. Segundo um levantamento da consultora McKinsey, de 2020, empresas que visam um local de trabalho diverso têm mais chances de lucrar acima da média do mercado.

Análise de dados

Esta é uma função que é relevante não apenas no RH e muitos outros departamentos estão em busca de profissionais com uma leitura de dados e tendências. Com a análise de dados, o RH consegue entender melhor o ambiente e clima organizacional, além de prever algumas movimentações e identificar padrões.

Cultura aliada à missão, visão e valores

Muitas organizações procuram a identificação da sua cultura para poder melhorá-la ou modificá-la. Essa função exige resiliência das equipes que precisam compreender algumas mudanças que podem ocorrer, e é por esse motivo que os profissionais de RH precisam desenhar um processo definido e mitigar os erros na execução desse procedimento.

Arquitetura organizacional

Assim como em todo novo projeto, a figura de um arquiteto é primordial para que cada etapa seja desenhada de forma com que não haja conflitos em sua concretização.  Por essa razão, o RH também precisa desenvolver uma espécie de arquitetura formatada para a sua realidade.

Nessa função, serão criadas estruturas organizacionais flexíveis que promovam a colaboração multidisciplinar e multicultural, facilitando a comunicação entre pessoas, equipes e pilares.

Desenvolvimento de liderança

Falando em pilares, um dos principais pilares na gestão de pessoas são os gestores. A grande questão é que nem todos os gestores possuem espírito de liderança. Por conseguinte, o RH precisa desenvolver ações que incentivem os líderes a liderar.

Engajamento, reconhecimento e recompensa

Essa função visa alinhar os sistemas de avaliação e incentivo com as metas estratégicas da empresa, considerando o valor dos colaboradores não apenas em termos de habilidades e resultados, mas também na satisfação em trabalhar no ambiente em questão.

Bem-estar e flexibilidade

Uma pesquisa realizada pela Web MD Health Services, demonstra que em 2021 houve um aumento de estresse no trabalho, fadiga e burnout entre os trabalhadores americanos, 32% dos entrevistados relataram exaustão emocional.

Com essa crescente do estresse em locais de trabalho e da fadiga emocional, principalmente após anos de pandemia, as empresas se alertaram para o tema com mais cautela. A saúde mental dos colaboradores sempre foi pauta para os setores de RH, no entanto, como mencionamos, vem ganhando mais destaque nos últimos anos.