Setembro amarelo: sinais e cuidados com a saúde mental

O suicídio, ainda considerado um tabu em muitas sociedades, vem se mostrando um tema cada vez mais importante. Isso visto que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, o Brasil é o país com maior índice de depressão na América Latina, 5,8% da população sofre com a doença, sendo 7,7% mulheres e 3,6% homens.

Diante disso, percebemos que o tema deve ser tratado com seriedade, além de nos atentarmos aos indícios de que as pessoas estão precisando de ajuda.

Fique atento aos sinais!

É muito difícil diferenciar quando o medo e a tristeza são apenas sentimentos normais ou quando são sinais de que a pessoa está passando por sintomas de depressão ou outro tipo de transtorno mental. Abaixo, listamos alguns pontos que precisam ser observados com atenção, segundo especialistas:

  • As sensações pioram, acompanhadas de sintomas físicos como falta de ar, dores no corpo, palpitações, alterações no apetite ou no sono.
  • As emoções – como tristeza, raiva, medo, irritação ou aparente frieza – tornam-se intensas e parecem insuportáveis.
  • Os sentimentos abrem espaço para comportamentos atípicos, como ficar irritado e agitado, ou levar ao abuso de substâncias
  • Os sentimentos negativos podem ser acompanhados de sintomas cognitivos, como falha de memória, menor concentração, confusão mental, e passam a ser repetitivo.

O papel do RH no setembro Amarelo

Os dados da OMS ainda revelam que a depressão se tornaria a principal justificativa para as licenças médicas em 2020. Portanto, a compreensão sobre o transtorno mental precisa ser disseminada entre as equipes de gestão de pessoas, para elas terem o entendimento e capacidade para ajudar seus colaboradores de forma eficaz.

No cenário corporativo, há sinais que os colegas podem identificar para oferecer o suporte necessário. Pessoas que mudam drasticamente de humor, que passam a ter pensamentos de que a vida tem pouco valor, como ‘a vida não vale a pena’, ‘não quero acordar no dia seguinte’ precisam ter uma atenção redobrada.

Banalizar o assunto ou identificar essas frases como vitimismo não é o caminho correto para ajudar as pessoas em risco. É importante falar sobre o assunto sem tabus para evitar situações extremas. Por esse motivo, é importante diminuir o preconceito com o diagnóstico de transtorno mental no ambiente de trabalho, trabalhando em ações que deixem as pessoas em tratamentos mais tranquilas para expor o assunto. Ter espaço para falar abertamente sobre o tema e formar grupos que possam trabalhar de forma colaborativa também são dicas importantes.

E é o setor responsável por pessoas que deve propagar esse tipo de comportamento e acolhimento aos colaboradores. Na maioria das vezes, o indivíduo que percebe mudanças de humor e dificuldade em realizar tarefas diárias sente vergonha e medo de enfrentar um diagnóstico de depressão.

Você sabia?

Para ajudar as empresas a cuidar da saúde mental de seus colaboradores, desde 2015 a Omint disponibiliza o Programa de Saúde Emocional, que visa apoiar os RHs das empresas parceiras na prevenção. As atividades ajudam a fortalecer a saúde emocional e a conscientizar sobre os níveis de estresse na vida dos participantes.