Benefícios – como eles podem auxiliar na saúde financeira e mental dos colaboradores
Nunca foi tão falado em saúde mental como estamos falando ultimamente, diversas campanhas são criadas para que o tema se torne cada vez mais presente nos debates, quebrando o paradigma da insanidade e fazendo com que as pessoas busquem ajuda quando se encontram em situação de vulnerabilidade emocional.
Quando colocamos o assunto em um contexto de trabalho, seja corporativo ou “chão de fábrica” devemos nos atentar a diversos fatores que podem levar um funcionário a desenvolver algum diagnóstico voltado para sua saúde mental.
Uma das campanhas mais famosas sobre o tema é o setembro amarelo, que nos traz uma reflexão sobre como doenças mentais podem levar a pessoa a uma atitude extrema. Outra campanha recente, realizada no mês de janeiro busca discutir a relevância da saúde mental e cuidado com as emoções.
Outro dado que devemos nos atentar: dia 1 de janeiro deste ano, a Síndrome de Burnout passou a ser categorizada como doença ocupacional, relacionando a doença com o estresse causado no ambiente de trabalho.
Isso mostra o quão importante é falar sobre saúde mental, principalmente em tempos de pandemia, pois, após seu início, muitas empresas tiveram que mudar a sua realidade e aderir ao modelo de trabalho remoto para conseguir se manter e continuar com as demandas do trabalho, mudando completamente a vida do colaborador.
E não podemos falar de saúde mental sem falar de saúde financeira, visto que para se ter uma saúde mental é preciso ter uma vida financeira saudável, isso porque as dívidas estão impactando a saúde mental dos brasileiros. De acordo com a pesquisa feita pelo SPC Brasil em parceria com a CNDL, 69% dos inadimplentes sofrem de ansiedade por não conseguir honrar suas dívidas.
Com isso, além do salário, outros fatores são observados pelos trabalhadores na hora de se candidatar a uma vaga, e um deles é o pacote de benefícios que uma empresa oferece aos colaboradores. Portanto, as empresas devem se atentar não apenas ao bem-estar do colaborador no seu ambiente de trabalho, mas também se conseguem auxiliar, de algum modo, o seu bem-estar financeiro.
Pensar no bem-estar financeiro do funcionário não é pensar apenas em seu salário (claro que ter um plano de carreira bem definido é de extrema importância), mas pensar também em formas de facilitar seu dia a dia. Algumas empresas oferecem, por exemplo, a escolha de benefício para o trabalhador se deslocar até o trabalho, podendo escolher entre vale transporte ou vale combustível. Empresas ainda mais antenadas oferecem benefícios flexíveis, onde o colaborador pode escolher onde irá gastar esse valor.
Com o modelo de trabalho remoto, o vale transporte deixou de ser o principal benefício que as empresas oferecem ao funcionário, uma vez que não há deslocamento do funcionário para a empresa. No entanto, muitas empresas supriram o cancelamento destes benefícios por outros, como auxílio para os pacotes de internet residenciais ou bolsas e descontos em cursos de idiomas ou profissionalizantes em EAD, etc.
Essas ações, além de ajudar a fortalecer o branding da empresa e atrair mais talentos, retém os profissionais e, consequentemente, reduz seu turnover, se tornando um lugar de referência para se trabalhar.
Isso também resultará em funcionários mais contentes, pois a empresa não se preocupa apenas com campanhas de conscientização sobre a saúde mental, atuando diretamente para promover o bem-estar social e financeiro de seus colaboradores.